Conheça algumas promessas do novo presidente norte-americano para o clima e como isso pode reverberar no Brasil

O governo do democrata Joe Biden, novo presidente eleito dos Estados Unidos, terá pela primeira vez na história, um executivo no Conselho de Segurança Nacional (CSN) para trabalhar exclusivamente com o foco no meio ambiente: John Kerry – ex-secretário de Estado do governo Obama.

“Pela primeira vez, o CSN incluirá um oficial dedicado às mudanças climáticas, refletindo o compromisso do presidente eleito de tratar o assunto como uma questão urgente de segurança nacional”, disse a equipe de Biden, em um comunicado.

Promovendo em sua campanha metas ambiciosas para o meio ambiente, Biden promete revogar as medidas tomadas pelo então presidente Donald Trump, como por exemplo, retornar ao acordo climático de Paris e investir US$ 2 trilhões para alcançar uma emissão zero de carbono até 2050.

No entanto, um grande desafio do seu governo será o controle do Senado pelos republicanos, os quais podem dificultar a aprovação das medidas relacionadas às mudanças climáticas.

Todavia, é possível – ao menos – revogar os decretos executivos assinados por Trump, assim como este o fez em relação a algumas medidas do governo Obama, quando revogou regulamentações criadas pelo governo anterior para o clima, para impulsionar atividades extrativistas como a mineração e a extração de petróleo, além de alguns setores da indústria não-renovável.

E para Natalie Unterstell, socioambientalista referência sobre mudanças climáticas e mestre em políticas públicas pela Universidade de Harvard (EUA), o Brasil também pode esperar uma pressão para mudanças, já que caso o Governo Federal não reveja sua política ambiental, poderá perder acordos importantes.

Ainda segundo a pesquisadora, Biden está oferecendo um plano de governo bastante sólido, o qual poderá ser um modelo para outros países.